Mais um dia comum no calendário? Não para elas. Elas, que acordam antes do sol para preparar o café, organizar a casa, vestir as crianças e, muitas vezes, sair para o trabalho sem tempo de tomar o próprio café. Elas, que equilibram mil funções em um dia só, como se fossem malabaristas de uma rotina que nunca desacelera.
Elas estão em todos os lugares. Na liderança de empresas, nos hospitais salvando vidas, nas salas de aula moldando futuros, nas ruas lutando por direitos. Elas fazem ciência, arte, política. São mães, filhas, irmãs, amigas. São guerreiras de batalhas invisíveis, carregando nos ombros o peso de séculos de desigualdade e, mesmo assim, seguindo em frente com coragem e determinação.
O Dia Internacional da Mulher não é apenas um dia para flores e mensagens prontas. É um lembrete de que a luta ainda não acabou. De que a igualdade de gênero ainda é um sonho distante para muitas. De que há mulheres que ainda precisam gritar para serem ouvidas, que enfrentam violência, preconceito, salários menores e menos oportunidades.
Mas há esperança. Porque todos os dias, em pequenos e grandes gestos, as mulheres mudam o mundo. E se hoje podemos votar, estudar, trabalhar e ocupar espaços que antes nos eram negados, é porque outras mulheres vieram antes de nós e abriram caminho.
Que este 8 de março seja mais do que uma data. Que seja um compromisso. Que seja um dia para lembrar que respeitar, valorizar e dar voz às mulheres não deve ser um ato isolado, mas um hábito diário. Porque a história que realmente importa não é a que está nos livros, mas a que as mulheres escrevem, todos os dias, com sua força, sua inteligência e sua coragem.
Texto: Jornalista Helma Bessa